Curiosidades
Fino ou imperial? As características da cerveja de pressão

“Aqui está uma cerveja bem tirada” é uma frase que terá saltado para a tua mesa ou balcão em diferentes momentos da vida. De facto, são muitos os fatores que influenciam a qualidade da cerveja de pressão. Ajudamos-te a conhecer melhor o mundo vivo dos finos e das imperiais.

O que é a cerveja de pressão?

As cervejas de lata, garrafa e barril têm os mesmos ingredientes e são produzidas seguindo os mesmos métodos, com uma exceção: a última não é pasteurizada. É por isso que tem um tempo de vida mais curto. Se as diferenças começam na fábrica, acentuam-se no momento de servir. 


Em Portugal, chamamos fino ou imperial às cervejas que, sob pressão, começam o seu percurso num barril ou numa cuba, passam por uma bomba e saem por uma torneira. Uma das diferenças entre a cerveja de pressão e de garrafa ou lata é a introdução artificial de dióxido de carbono (CO2) na primeira, que permite a sua conservação durante semanas. Nada de estranho para a cerveja, já que o dióxido de carbono já faz parte da sua composição. Também é o CO2 que permite a saída veloz da cerveja para o copo, num desafio à lei da gravidade. Por outro lado, os barris e cubas são feitos de metal porque este é um material impermeável ao oxigénio, evitando que a bebida se estrague.

 

Após a cerveja ser servida, acontecem dois fenómenos: a quantidade de dióxido de carbono diminui e a temperatura sobe. Quanto mais alta for a temperatura da cerveja, aliás, mais rapidamente ela perde o dióxido de carbono. É aqui que se diz que a cerveja está “morta”. Agora já sabes porquê.

A que sabe a cerveja de pressão?

As diferenças começam na espuma. Quando bem tirada, a cerveja  ganha uma espuma fina, cremosa e persistente, que resulta numa sensação agradável e aveludada na boca. Mas há diferenças no sabor? Embora os ingredientes da cerveja não variem, a cerveja de pressão pode ser percecionada como mais leve e fresca, até porque a validade do produto é menor e porque a carbonatação gerada no barril confere-lhe um toque mais volátil. Por outro lado, o facto de a cerveja de barril não ser pasteurizada (não passando por um aumento da temperatura e oxidação) ajuda a preservar com maior rigor os seus aromas e sabores. 

Como surgiu a cerveja de pressão?

Em 1785, Joseph Bramah revolucionou o consumo desta bebida milenar ao patentear o motor da cerveja. Não demorou muito até as “bombas de cerveja” desenvolvidas pelo inventor britânico se tornarem populares e surgir vocabulário novo para falar do assunto. A letra D espartilhou-se nos termos ingleses “drag”, “draw” e “draught”, e mais tarde fixou-se no "draft", bem como nos pubs do Reino Unido, Irlanda e outras paragens.

Quais são as regras de armazenamento e temperatura?

A cerveja deve ser armazenada no barril a uma temperatura média de 12 °C e servida entre 3°C e 8 °C. Depois de aberto, o barril deve ser consumido, idealmente, num máximo de três a cinco dias, de modo a manter as características da bebida intocadas. 

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O que define uma cerveja bem tirada?

A escolha acertada do copo e a forma de servir, com os famosos 45 graus de inclinação para conseguir a melhor espuma, são dois dos princípios básicos de uma cerveja de pressão bem tirada. Mas há mais. É essencial lavar o copo com água a alta pressão antes de ele contactar com a bebida, para evitar que outros sabores se juntem à cerveja. Por outro lado, a pressão tem de estar bem afinada, nunca excedendo a medida de 3 bares. Se a pressão alta agiliza a extração, também pode provocar o excesso de carbonatação e alterar o sabor da bebida. A pressão ideal, ainda assim, depende de vários fatores, nomeadamente o estilo da cerveja a servir.

Afinal, é fino ou imperial?

Estar no Porto – ou em Coimbra – e pedir uma imperial pode parecer provocação. E o mesmo se pode dizer sobre empregar a palavra “fino” num balcão do sul. Mas os regionalismos têm sempre uma razão de ser. A palavra “fino”, comumente usada mais a norte, terá tido origem em Coimbra na década de 1940, por obra e graça de Toninho Saraiva, boémio da cidade dos estudantes. Como relata o livro de memórias Boémia Coimbrã, de A. Nicolau da Costa, o amigo Toninho pedia sempre “um copo de cerveja de vidro fino!”. O copo fino seria o pilsen e tanto a palavra se entoou que entranhou. 

Já o termo “imperial” tem origem numa daquelas histórias em que a marca se tornou nome de objeto. Até 1916, existiu em Lisboa uma fábrica de cerveja chamada Germânia (dela ainda restam os resquícios do edifício e uma icónica cervejaria), onde surgiu a primeira marca de cerveja de pressão do país, a Imperial. A cerveja saía de barris de madeira e chegava com a nova força às tascas, tabernas e afins da capital. Pedir uma destas cervejas de pressão tornou-se tão popular que o nome “imperial” ficou para sempre.

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