“Aqui está uma cerveja bem tirada” é uma frase que terá saltado para a tua mesa ou balcão em diferentes momentos da vida. De facto, são muitos os fatores que influenciam a qualidade da cerveja de pressão. Ajudamos-te a conhecer melhor o mundo vivo dos finos e das imperiais.
Estar no Porto – ou em Coimbra – e pedir uma imperial pode parecer provocação. E o mesmo se pode dizer sobre empregar a palavra “fino” num balcão do sul. Mas os regionalismos têm sempre uma razão de ser. A palavra “fino”, comumente usada mais a norte, terá tido origem em Coimbra na década de 1940, por obra e graça de Toninho Saraiva, boémio da cidade dos estudantes.
Como relata o livro de memórias Boémia Coimbrã, de A. Nicolau da Costa, o amigo Toninho pedia sempre “um copo de cerveja de vidro fino!”. O copo fino seria o pilsen e tanto a palavra se entoou que entranhou.
Já o termo “imperial” tem origem numa daquelas histórias em que a marca se tornou nome de objeto. Até 1916, existiu em Lisboa uma fábrica de cerveja chamada Germânia (dela ainda restam os resquícios do edifício e uma icónica cervejaria), onde surgiu uma das primeiras marcas de cerveja de pressão do país, a Imperial. A cerveja saía de barris de madeira e chegava com a nova força às tascas, tabernas e afins da capital. Pedir uma destas cervejas de pressão tornou-se tão popular que o nome “imperial” ficou para sempre.
É cerveja de pressão toda aquela que, sob pressão, começa o seu percurso num barril ou numa cuba, passa por uma bomba e sai por uma torneira. O dióxido de carbono (CO2), que também faz parte da composição natural da cerveja, permite a saída veloz da cerveja para o copo, num claro desafio à lei da gravidade.
Após a cerveja ser servida, e como certamente deves desconfiar, o ideal é não deixá-la muito tempo no copo. Isto porque, à medida que a temperatura sobe, mais rapidamente ela perde o dióxido de carbono. É aqui que se diz que a cerveja está “morta”. Agora já sabes porquê.
Em 1785, Joseph Bramah revolucionou o consumo desta bebida milenar ao patentear o motor da cerveja. Não demorou muito até as “bombas de cerveja” desenvolvidas pelo inventor britânico se tornarem populares por toda a Inglaterra e não só, surgindo mesmo vocabulário novo para falar do assunto.
A letra D espartilhou-se nos termos ingleses “drag”, “draw” e “draught”, e mais tarde fixou-se no "draft", bem como nos pubs do Reino Unido, Irlanda e outras paragens.
Tudo começa na espuma. Quando bem tirada, a cerveja de pressão ganha uma espuma fina, cremosa e persistente, que resulta numa sensação agradável e aveludada na boca. Ao mesmo tempo, por ser uma bebida com alta rotação na maior parte dos estabelecimentos, o mais provável é que estejas a beber uma cerveja fresca, feita recentemente, e, por isso, na sua força e sabores plenos.
A escolha acertada do copo e a forma de servir, com os famosos 45 graus de inclinação para conseguir a melhor espuma, são dois dos princípios básicos de uma cerveja de pressão bem tirada.
Mas há mais. É essencial lavar o copo com água a alta pressão antes de ele contactar com a bebida, para evitar que outros sabores se juntem à cerveja. Por outro lado, a pressão da torneira de cerveja tem de estar bem afinada, nunca excedendo a medida de 3 bares.
Se a pressão alta agiliza a extração, também pode provocar o excesso de carbonatação e alterar o sabor da bebida. A pressão ideal, ainda assim, depende de vários fatores, nomeadamente o estilo da cerveja a servir.
Em países como a Bélgica ou a Alemanha, bares históricos com seleções de muitas dezenas de cerveja de pressão mostram como o culto desta forma de servir (e de beber) se enraizou na cultura europeia. Mas consta que é nos Estados Unidos, igualmente um fã acérrimo desta bebida, que fica o bar com a maior oferta de cervejas de pressão do mundo.
Na Carolina do Norte, o Raleigh Beer Garden usa as suas 366 torneiras para se autoproclamar o anfitrião-mor de uma grande festa da espuma. São 8500 metros quadrados dedicados ao fino e à imperial, em que é possível experimentar uma cerveja diferente a cada dia do ano.
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