Cerveja irlandesa: uma antiga história de amor
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Cerveja irlandesa: uma antiga história de amor

Há cinco mil anos que os irlandeses bebem cerveja, um privilégio que se deve ao bom malte ali produzido. Daí até à criação da irish stout, uma das mais conhecidas cervejas do mundo, percorreu-se um longo caminho. Certo é que, entre a cerveja e os irlandeses, se criou uma ligação que ainda hoje perdura. Ao ponto de, segundo a lenda, o próprio St. Patrick, padroeiro da Ilha Esmeralda, ter o seu cervejeiro dedicado.

No país dos pubs, a cerveja é quase tão antiga como a prática da agricultura. Produzida a partir da Idade do Bronze, a bebida floresceu, em parte, devido a três condições perfeitas para a produção de malte de cevada: o solo fértil, a chuva e a brisa suave. Desde essa altura, muita coisa se alterou no mundo da cerveja irlandesa. O trono ocupado, numa primeira fase, pelas cervejas red ale foi tomado pelas irish stout, que ainda são uma espécie de instituição irlandesa.

Dos mosteiros para casa

Tal como noutros países europeus, a cerveja deu um salto de qualidade quando começou a ser fabricada nos mosteiros. Os monges irlandeses usavam na produção desta bebida, à qual chamavam pão líquido, muitas ervas e a raiz de genciana. Esta última tomava o lugar que hoje é comummente atribuído ao lúpulo, que não se dava nos solos irlandeses, e acrescentou um amargor característico à cerveja. 


No século XVII, a produção cervejeira deixou os mosteiros e passou a ser feita em casa  - e sobretudo - por mulheres, que ficaram conhecidas como as alewives. Este marco histórico deu origem a um mito que ainda hoje perdura nas nossas tradições, histórias e ficções.


As longas horas passadas à volta dos caldeirões, muito deles colocados no exterior das casas, e o facto de estas mulheres marcarem o início da venda da cerveja com um molhe de cevada colocado numa estaca comprida, que se assemelhava a uma vassoura, construiu a imagem que temos hoje das bruxas.

A importância do nome

A industrialização da cerveja começou um século mais tarde, com as grandes produtoras a adotarem o nome dos seus fundadores na construção da marca. É o caso de John Smithwick, que estabeleceu a primeira grande cervejeira irlandesa, em Kilkenny, em 1710; de Arthur Guinness, que em 1759 seguiu o exemplo do primeiro, mas em Dublin, no mesmo local onde hoje existe a Guinness Storehouse, o centro interpretativo da marca; de Williams Beamish e William Crawford que, 33 anos depois, inauguraram a sua fábrica, em Cork; e de James Murphy, que escolheu esta cidade do sul do País para fundar a sua cervejeira, em 1856.

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Das porter às stout

A cerveja da Irlanda é associada à cor preta, mas nem sempre foi assim. Antes de o malte preto ter sido patenteado, em 1817, a cerveja irlandesa tinha uma cor avermelhada. No entanto, não foi preciso muito tempo para que Dublin ultrapassasse Londres na produção da porter, uma cerveja escura com um sabor altamente torrado.


Arthur Guinness tem a sua quota-parte de culpa nisso, pois deixou de fabricar as ale para passar a produzir as porter e stout, que daí evoluíram para as irish stout. Esta transição pode justificar-se, em parte, pela tributação da cevada maltada, que levou as grandes produtoras a utilizar no fabrico uma parte de cevada não maltada e torrada. Esta acrescentou o sabor seco e amargo que continua a ser a marca distintiva da cerveja preta irlandesa.


No início do século XX, e cem anos depois da morte do seu fundador, a Guinness já era não só a maior cervejeira da Irlanda, mas da Europa. Vinte anos depois, tornar-se-ia a maior do mundo. No início da Segunda Guerra Mundial, apenas duas cervejeiras mantinham as portas abertas na Irlanda: a Guinness e a The Mountjoy Brewery.

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Renascimento da cerveja artesanal

Este duopólio fez com que a diversidade da cerveja irlandesa ficasse comprometida, mas na década de 1980 o movimento da cerveja artesanal renasceu. O primeiro passo foi a abertura da Hiden Brewery, em Lisburn. Mas o grande crescimento deu-se com a abertura do primeiro brewpub, no bairro Temple Bar, na capital irlandesa. Os responsáveis foram Liam LaHart e Oliver Hughes, que já tinham tentado por duas vezes produzir marcas de cerveja artesanal, sem conseguirem vingar.


Atualmente, segundo dados do Turismo da Irlanda, existem 150 cervejeiras e 7500 bares, que já não se cingem às grandes marcas, deixando espaço para as cervejas artesanais brilharem. Dublin continua a ser a capital da cerveja na Irlanda, com 16 cervejeiras e mais de 1000 pubs. No entanto, os pubs e a cerveja são um amor antigo dos irlandeses por todo o país.


De acordo com o estudo sobre o consumo desta bebida realizado pela consultora Kirin, o consumo médio per capita atinge os 95,8 litros de cerveja por ano, o que coloca o país no 6º lugar do ranking dos maiores consumidores de cerveja do mundo.

Tipos de cerveja irlandesa

As duas variedades mais importantes da cerveja irlandesa.


Irish Stout: É o estilo de cerveja irlandesa mais popular. Esta cerveja preta tem aroma a café e a chocolate preto. Dois ingredientes que se repetem no sabor, mas aqui temperados com o amargor e o torrado que lhes são tão característicos. A estes junta-se uma espessa e cremosa espuma com uma tonalidade bronzeada.


Irish red ale: Foi o primeiro tipo de cerveja produzido na Irlanda, ainda que a receita que chegou aos nossos dias tenha sofrido muitas alterações. Com um tom que imita o cobre, esta cerveja tem um aroma a caramelo que se encontra também de forma súbtil no sabor, que é bastante tostado.

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