Grimbergen: a cerveja que nunca morre
Curiosidades
Grimbergen: a cerveja que nunca morre

Desde 1128, a abadia de Grimbergen ardeu três vezes. Passou por guerras, assistiu a grandes transformações sociais e, moral da história, sobreviveu com a cerveja ao centro. Aqui te contamos a história da Grimbergen, uma das bebidas mais icónicas do mundo.

Não é por acaso que à cerveja belga Grimbergen se associa a imagem de uma fénix, essa ave rara do mundo das fábulas, semelhante a uma águia, que sempre renasce das cinzas. Com praticamente 900 anos de vida, a abadia de Grimbergen, na Bélgica, onde a cerveja com o mesmo nome foi criada, também renasceu diversas vezes de diferentes conflitos (em 1142, 1566 e 1798). Sempre que a abadia era destruída, pedaço a pedaço, os abades tornavam a erguer aquela que era, em simultâneo, a sua casa e o lugar onde fabricavam a pequena cerveja local, intensa e frutada que se tornou um fenómeno sem fronteiras. 


Mais curioso ainda é que, em pleno século XXI, a Grimbergen voltou a renascer. Já depois de, nos anos de 1950, a sua produção e distribuição ter passado para uma multinacional cervejeira, em 2021, a bebida regressou ao local – e às receitas – de origem. Há mais de 200 anos que a Grimbergen não era fabricada na abadia. Por outro lado, durante mais de 100 anos, julgou-se que os livros (alguns do século XII) onde constavam diferentes receitas de Grimbergen teriam desaparecido durante as invasões francesas, no final do século XVIII. No entanto, alguém (provavelmente um abade) conseguiu guardar mais de 300 exemplares num esconderijo da abadia. Os manuscritos foram recentemente encontrados e, depois de anos a decifrar escritos em latim e neerlandês antigo, os mestres cervejeiros puderam devolver ao mundo edições Grimbergen mais próximas do original, aliadas a técnicas contemporâneas e fabricadas na renovada microcervejaria abadenga. 

Grimbergen: a cerveja que nunca morre

Super Bock Seleção 1927 California Common

Cerveja: um sinal de hospitalidade


Na Idade Média, embora a pobreza proliferasse, existiram vários tipos de cerveja e o seu fabrico fazia parte de um depurado processo de investigação monástico. Procurando aperfeiçoar os aromas e sabores, os abades primavam pela inovação, alterando as receitas a cada dez anos, segundo conta Karel Stautemas, subprior em Grimbergen e um dos atuais cervejeiros da abadia. 


Muito dificilmente apreciarias uma cerveja do tempo de Joana d’Arc. Os sabores eram pouco definidos e controlados, aproximando-se realmente de algo como “pão líquido”. Mas a importância da cerveja era central numa sociedade dominada pela escassez. Assim, na abadia de Grimbergen, entre as cervejas produzidas, destacavam-se três: a de fabrico e consumo diário, uma cerveja escura e com pouco sabor; uma cerveja semelhante à atual Grimbergen Blanche; e uma cerveja para os mendigos, doentes e peregrinos, que procuravam conforto na abadia. Esta última “era uma cerveja melhor do que as outras”, como refere Stautemas


A abadia de Grimbergen foi erguida no século XII com a missão central de oferecer e fazer o melhor pela comunidade. Desde a celebração de casamentos e funerais até albergar os peregrinos que por ali passavam, o seu papel foi sempre social. E aí, a cerveja assumiu durante séculos um grande protagonismo. Quando pensares na abadia de Grimbergen, detém-te na seguinte imagem: um abade em cada porta, esperando os viandantes com pão numa mão e cerveja na outra. Afinal, sempre coube à Grimbergen acalentar os espíritos mais perdidos.

Grimbergen: a cerveja que nunca morre

Sabias que…? 

Na Idade Média, a produção de cerveja cresceu com especial ênfase nas abadias belgas? Ao contrário do que acontecia nas cidades, nas abadias, os mestres cervejeiros estavam isentos do pagamento de impostos sobre ervas, grãos e lúpulo. Ao mesmo tempo, a cerveja era um bem alimentar essencial. Sendo grande parte da água insalubre e os alimentos mais acessíveis de baixo aporte nutricional, a cerveja era um “dois em um” basilar da hidratação e nutrição.


Assim, por mais que os séculos passem e o mundo mude, há pilares que nos permitem perceber que a humanidade tem uma base comum. Só os clássicos, como a Grimbergen, conseguem fazer isto. E, com uma ou outra nota de inovação para lá do seu amargor equilibrado e espuma persistente, ainda nos dizem que há sempre mundo para inventar, sem perder a identidade.


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