É o ingrediente mais abundante na cerveja. No entanto a sua importância não
se limita à quantidade, envolve também as características que diferentes tipos
de água conferem à cerveja.
O aparecimento e o desenvolvimento dos estilos
cervejeiros têm ligações diretas com as matérias-primas das regiões onde se
notabilizaram e a própria água não é exceção. Aliás, historicamente, as
cervejeiras fixavam-se junto de fontes de água que consideravam de qualidade
adequada para fabricar a sua cerveja. Exemplo disto é a localização da própria
fábrica da Super Bock, em Leça do Balio, que lhe permite o acesso a captações
de água de excelente qualidade para a produção de cerveja.
Na Super Bock, o gasto de água por cada litro de
cerveja produzido é bastante inferior à média, fixando-se entre os 2,7 e os 3
litros
Não falamos de amor, mas quase. Uma boa cerveja
precisa de boa água, com uma composição química adequada ao estilo que se quer
produzir. Neste sentido, um dos aspetos mais importantes a ter em atenção é a
dureza da água.
Águas mais macias favorecem cervejas de perfil
mais suave e fresco, como as lager,
enquanto águas mais duras são as mais indicadas para a produção das ale, geralmente cervejas de coloração mais escura.
O que vai determinar se a água é mais dura ou
mais macia é a concentração de minerais, nomeadamente o sulfato, o bicarbonato,
o cálcio e o magnésio. Quanto maior é a concentração destes elementos químicos,
mais dura é a água.
Outro aspeto importante é a acidez (pH) da água.
Uma vez que o malte, sobretudo quando torrado, é ácido, a água vai equilibrar o
pH do mosto. Águas ricas em cálcio e, em parte, em magnésio, têm um pH mais
baixo, enquanto águas com mais bicarbonato têm um pH mais alto. Neste último
caso, pode haver dificuldade na fermentação. É por isso importante encontrar um
equilíbrio entre o pH da água e o do malte.
Resumidamente, eis os componentes da água que têm
influência na cerveja:
Bicarbonato (HCO3): aumenta o pH. Em quantidades mais elevadas
dificulta a redução do pH na fermentação.
Cálcio (Ca): ajuda a diminuir o pH do mosto.
Cloreto (CI): realça os sabores da cerveja.
Ferro (Fe): agente oxidante, confere um sabor metálico se em
grandes quantidades.
Magnésio (Mg): em grandes quantidades dá à cerveja um amargor
desagradável.
Potássio (K): quantidades pequenas favorecem uma boa
fermentação.
Sódio (Na): em dose moderada ajuda a dar um caráter cheio,
arredondado e doce à cerveja.
Sulfato (SO₄²): dá à cerveja um amargor mais seco e agradável.
Zinco (Zn): estimula a fermentação e ajuda a potenciar a
formação de espuma.
A água pode ser superficial ou subterrânea. A
água superficial é a que vem dos lagos, rios, ribeiras ou reservatórios. É uma
água com um baixo nível de minerais dissolvidos (mais macia), já que em grande
parte tem origem nas chuvas recentes.
A água subterrânea pode ser encontrada em
aquíferos subterrâneos ou poços, por exemplo. Em relação aos minerais é mais
variável, podendo ter uma concentração baixa (como em Plzeň, onde se produz a
Pilsen) ou alta (como em Burton-on-Trent, onde se fabrica uma das mais famosas IPA).
No século XX, os avanços no tratamento da água
permitiram que as cervejeiras começassem a manipular mais facilmente a água. As
formas de tratamento podem ir desde a simples filtração até à eliminação de
algumas moléculas e iões, tornando a água quase destilada. A técnica usada
depende do resultado final que se quer atingir.
Um exemplo claro da manipulação dos elementos
químicos da água é a “burtonização”. Este método, nascido no século XIX, tem
como finalidade replicar a água de Burton-on-Trent. Nesta cidade inglesa, a
água tem uma grande concentração de sulfato de cálcio, por ser originária de um
aquífero de arenito.
A composição da água local influenciou os estilos
de cerveja que se desenvolveram em muitos países e regiões da Europa com uma
importante tradição cervejeira.
Vimos os casos de cidades como Plzeň, na
República Checa, e de Burton-on Trent, em Inglaterra, mas também Londres,
Dublin ou Viena são exemplos disso. Nas capitais do Reino Unido e da Irlanda, a
água com altos níveis de bicarbonato levou ao desenvolvimento de cervejas mais
escuras. O bicarbonato aumenta o pH, o que dificultava a fermentação. Quando
começaram a usar maltes torrados e mais escuros, os cervejeiros perceberam que
ajudava a equilibrar o problema.
No centro da Europa, temos cidades como Dortmund,
famosa pela Dortmund Export. Este estilo tem um caráter de malte mais
afirmativo do que as Pilsen porque a água tem um nível mais elevado de cloreto
do que a congénere checa.
Em Viena, capital da Áustria, a água é semelhante
à de Dortmund, mas com quantidades mais baixas de cálcio, sódio ou cloreto.
Assim, quando os cervejeiros adicionaram maltes mais tostados para ajudar a
equilibrar o mosto, criaram a Vienna Lager. Curiosamente, este estilo está,
atualmente pouco presente na cidade, sendo, no entanto, bastante popular no
México, para onde foi levada por imigrantes austríacos no final do século XIX.
90% a 95%
Proporção de água na composição da maioria das
cervejas.
4L - 5L
Quantidade de água usada por cada litro de
cerveja produzido.
RECOMENDADOS
Informação Legal
Esta declaração de garantia de privacidade de dados aplica-se específica e exclusivamente ao serviço do Super Bock Group.
Para o Super Bock Group é importante que todos os utilizadores dos seus serviços e visitantes das suas páginas tenham garantida a confidencialidade dos seus dados.
O Super Bock Group garante que estas informações NÃO SERÃO utilizadas em nenhuma lista com fins promocionais via correio eletrónico ou telefónico, nem serão divulgadas a qualquer outra organização ou empresa. O Super Bock Group compromete-se a proteger a sua privacidade.
Sobre qualquer questão que tenha relativa a este compromisso, não hesite em contactar.
close
BEM-VINDO À SUPER BOCK CASA DA CERVEJA
Declaras que tens mais de 18 anos?
SIM
NÃO
Para entrares no site, tens de ter mais de 18 anos.
Ao submeter estes dados, está a concordar com a Política de Privacidade e Política de Cookies do site Super Bock Casa da Cerveja.